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Musas inspiradoras

Toda boa bailarina estuda diversas bailarinas orientais, tanto as internacionais, quantos as nacionais. Muitas vezes nos espelhamos nelas divulgando o trabalho dessas eternas musas. (Alexandra Noronha)


SAIDA (ARGENTINA)

Bailarina clássica desde 1983, ingressou na dança do ventre em 1991 com o mestre Amir Thaleb (diretor da Arabian Dance Company), estudando folclore árabe e a dança árabe performática. Por dez anos, Saida foi a primeira bailarina desta companhia, e em 1994, ela fundou sua primeira escola de dança do ventre, atualmente com mais de 700 alunas.
No ano 2000, Saida passou a divulgar seu trabalho internacionalmente: primeiramente, se apresentou com a companhia de Amir Thaleb em Miami, ao lado do grupo Middle Eastern Dance Exchange de Tamalyn Dalal. Após este show, começou a realizar workshops com o músico Mario Kirlis por vários países, inclusive no Brasil, nos anos de 2003, 2005 e 2006 através do Festival Luxor.
Em 2002, Saida criou o grupo Rakkasah, com o qual realiza apresentações periódicas na Argentina, já tendo se apresentado também no Peru e na Colômbia. E em 2004, passou a integrar o grupo Bellydance Superstars do produtor Miles Copeland, gravando no ano seguinte o DVD "Solos From Monte Carlo" com a música "New Baladi" de Mario Kirlis e a música "El Baston" (presentes no CD Bellydance Superstars 3). Também em 2005, gravou seu primeiro DVD instrucional com o maestro Mario Kirlis.
Saida é uma dançarina reconhecidíssima na Argentina, a única que organizou por lá um seminário internacional de dança do ventre (trazendo nele Amar Gamal), e que é conhecida por todo o mundo. Em 2008, ela obteve o diploma de honra por ser a melhor bailarina de danças árabes na Argentina.

 Aprecie esta jóia da Dança Oriental:

  http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=bhKO7ElrFrw

  AIDA (RÚSSIA)

Conta sua biografia que Aida começou a praticar a dança oriental na infância, na cidade de  Khabarosk -  extremo oriente russo (a apenas 30 km da fronteira com a China).  Com apenas 10 anos já exibia seu talento extraordinário para a Dança do Ventre nos programas de TV locais, e aos 17 anos já excursionava por todo o território russo, apresentando dança indiana e dança do ventre. 

Em 2004 passou a fazer aperfeiçoamento com professores internacionais em Moscow, dentre eles: Farida Fahmi, Raqia Hassan, Nour, Tito, Yoursy Sharif, Aida Nour, e a russa (santo de casa faz milagre sim) Mariana Smirnova.

Aida tem a elegância e altivez característica das bailarinas russas, mas é "sexy as hell" sem que isto seja vulgar ou agressivo aos nossos olhos. Outra característica bem interessante de sua dança são as repetições: vejo em algumas sequências repetições de até 8 tempos, porém se ela executa 4 tempos de uma repetição ela inverte o movimento do terceiro tempo para criar um "elemento surpresa" e retoma a direção anterior no 4o. tempo - fica lindo demais, e você fica tão impressionada que nem vai se importar se ela repetir tudo para o outro lado. 

Leitura musical precisa, primoroso trabalho de braços, belíssima expressão: aquele "pacote" russo já tão conhecido por todas nós. 

Com um quadril extremamente habilidoso que poderia usar e abusar dos acentos e tremidos, Aida privilegia SEMPRE o instrumento melódico e os movimentos sinuososos. Seu solo de percussão é uma delícia de se ver, cheio de oitos e redondinhos. Embora seja estranho aos nossos olhos o solo de derback executado de forma cadenciada, é lindo ver quando uma bailarina consegue fazer o mix perfeito de acentos e movimentos sinuosos sem que a dança fique "chata". 

Com vocês: Aida Bogomolova

 

 DINA (EGITO)

 

Esta egícpia é a grande polêmica da dança do ventre na atualidade. Amada por muitos e odiados por outros não podemos negar que faz muito sucesso, pelo menos no Egito. Este post é para entender um pouco da sua história e não julgá-la como muitos fazem. Foi com 9 anos que Dina se interessou pela arte da dança do ventre. Filha de diplomatas, Dina viajava muito e foi em Roma que conheceu a dança. Passou muitos anos viajando pela Europa e lutando contra a vontade do pai que não queria que ela fosse uma bailarina.
Por isso, resolveu fazer faculdade de filosofia, para ter uma formação e assim ter liberdade para seguir a carreira que queria. Durante o dia, estudava e à noite dançava. Conseguiu dois diplomas e o grau de mestre em filosofia ao mesmo tempo em que começava a se tornar uma grande bailarina.
Decidiu viajar para Dubai e lá entrou para o Grupo Reda de Folclore.  Com eles aprendeu a fusão entre a dança moderna, balé clássico e cultura egícpia. Ao mesmo tempo, buscou uma carreira solo e conseguiu grandes contratos nos hotéis Sheraton e Marriot no Cairo.
Para Dina o grande segredo da dança do ventre é saber ouvir a música. Entender cada toque, variação de tom e melodia auxilia muito na hora de dançar, tanto em uma coreografia quanto no improviso. 
Não é a toa que seus shows são bem preparados e ela encara orquestras commais de 20 músicos no palco.
Todos os seus movimentos são executados junto com o toque da orquestra. São precisos e de grande impacto. Se você conhece a música que ela está dançando, até consegue adivinhar o próximo movimento uma vez que ela segue a música. Sua dança costuma ter muitos giros, principalmente no encerramento de uma apresentação.
  A bailarina do momento no Egito é "Dina".  Faz grandes shows com orquestra de 25 músicos no palco.  Possui movimentos precisos e de grande impacto. Tem um show preparado e bem marcado, com grandes músicas onde ela executa cada movimento, dentro de cada toque da orquestra.  Não se pode negar que "é um show".  Causa furor na platéia.  
 
Seus trajes são um escândalo, até para nós ocidentais.  Segundo os egípcios, é a única que permitem que use trajes sumários ao dançar, pois eles a consideram uma deusa.  

Dentro deste conceito, ela usa e abusa de seus atributos, levando a platéia ao delírio com seus grandes encerramentos e giros finais. Sua técnica de quadril é perfeita... O primeiro detalhe que chama atenção é a interpretação. É raro encontrar uma bailarina egípcia com este ponto fraco. Normalmente elas sofrem e ficam alegres de acordo com letra e melodia da canção – o que pode até ficar caricato para alguns. 

 Confira umas das grandes apresentações de Dina:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=pyLS23_eg3M


RANDA KAMEL (EGITO)

Randa Kamel é uma das estrelas da dança do ventre no mundo. Não é à toa que tem sido requisitada constantemente para vir ao Brasil realizar workshops. Essa dançarina egípcia começou a dançar aos 16 anos de idade, e já soma dezessete anos de carreira!

Randa teve aulas com Raqia Hassan, Ibrahim Akeef, participou da Reda Troupe (Grupo Folclórico Egípcio), e desde cedo conquistou muito sucesso. Com seu estilo delicado, característico das dançarinas egípcias, Randa aliou um toque especial de carisma e interpretação à sua performance. Ela é tida como uma das dançarinas mais catárticas atualmente, isto é, ela entra literalmente na música, e segundo alguns, consegue até mesmo fazer o público chorar com a sua dança.


Com tanto sucesso, Randa passou a ministrar aulas para o Ahlan Wa Sahlan Festival no Cairo, evento que anualmente atrai milhares de praticantes da dança do ventre no mundo em busca das últimas tendências do Egito.


Aqui abaixo uma apresentação de Randa, mas como muitos dizem, ao vivo ela é infinitamente melhor! Imaginem só!


NAJUA FOUAD (EGITO)
 
Nagwa Fouad foi muito popular nas décadas de 70 e 80. A sua fama começou a crescer nos anos 60 e nos anos 70 ela já era a dançarina mais famosa no mundo árabe.
Ela nasceu em 1943, na Alexandria. Seu nome verdadeiro é Awatef. O seu pai era egípcio e sua mãe palestina. Sua mãe morreu poucos meses depois que ela nasceu e o seu pai casou com uma outra palestina.
Em 1958, assim que completou 15 anos, Nagwa foi de Alexandria para o Cairo, onde começou a trabalhar como telefonista na agência de cinema Orabi.
Orabi a viu dançar e a incentivou a comprar sua primeira roupa de dança. Em 1959, Nagwa já se tornava uma dançarina conhecida. Pouco tempo depois, já estava dançando no famoso night club "Sahara City". E algum tempo depois, mudou para o "Auberge des Pyramides", mais glamuroso que o anterior. Ela sempre admirou muito Na"ema Akef e seguiu os seus passos.

Um outro importante passo na sua vida foi o casamento com Ahmed Fouad Hassn, um talentoso músico e compositor. Ahmaed levou a esposa para aparecer no programa “Adwoua Al- Madina”, muito famoso na época.
Ahmed a incentivava a estudar e a levou para uma importante escola Mazloum Dance School. Nagwa entrou para a National Dance Troupe para estudar folclore com professores russos.
Após seis anos, o casamento terminou. Hassan gostaria de ter filhos e Nagwa não queria naquele momento. Depois disso, ela teve mais três casamentos.
Em 1976, Nagwa atingiu o ápice da sua carreira quando o compositor Mohamed Abdel-Wahab escreveu “Qamar Arbaa-tashar” para ela. A sua performance para esta peça mudou a forma que a dança do ventre era apresentada nos palcos, transformando a dança oriental tradicional em um espetáculo mais coreografado, adicionando elementos mais dramáticos a ela. Segundo a dançarina, ela combinou a dança oriental de Tahiya Karioka e Samia Gamal com os estilo acrobático de Na’ema’s.
Nagwa criou o seu próprio grupo de dança com 12 dançarinos, 35 músicos e cantores, um coreógrafo e um figurinista. Ela tentava se superar a cada espetáculo e os descrevia como “renovação, excelência, dedicação e glória”. Ela lutou muito pelo reconhecimento da dança do ventre e insistiu na importância desta, tentando combater a má fama que a dança tinha na época.
Mais tarde, Nagwa decidiu ser atriz e fez algumas pecas de teatro e filmes no cinema. Ela atuou em 100 filmes e dançou em mais de 250.
Nagwa é a única dançarina daquela geração que continua dançando e promovendo workshops na Europa. Ela não dança mais em night-clubs mas continua atuando no teatro e na televisão. Atualmente, ela interpreta a dançarina Badia Masabni, a dançarina sírio-libanesa, que era dona do night-club Salet Badia, no Cairo- onde Tahyia Karioka, Samia Gamal e o cantor Farid El-Atrash, começaram nos anos 40. 
Confira um vídeo desta grandiosa diva:

Mahmoud Reda - o rei das direções

 

 
Nascido a 18 Março de 1930, no Cairo, Mahmoud Reda foi o pioneiro que levou a Dança oriental, no Egipto, para os palcos. Foi solista e actualmente considerado um dos melhores coreografos a nível internacional.
Mahmoud Reda graduou-se na Faculdade de Comércio da Universidade do Cairo, em 1954. Ele foi criado em uma família que incentivou a prática egípcia de atividades tanto esportivas e artísticas. Durante seus anos de faculdade, ele competiu nos Jogos Olímpicos de 1952, em Helsínquia, e recebeu uma medalha de ouro no Pan Arab Sports Championship em 1950. Seus esportes foram acompanhados por um crescente interesse na dança. Ele sentiu que o Egito teve uma rica herança cultural que precisava ser apresentado no palco como uma forma de dança.

Mahmoud é o pioneiro da dança-teatro no Egito. Em 1959, ele fundou a famosa Troupe Reda . Em meados dos anos 60 o grupo tinha mais de 150 membros, incluindo dançarinos, músicos e técnicos. Como diretor coreógrafo solista, e artístico, foi o criador de um gênero de dança teatral legítimo abrangendo muitos estilos.

Ele coreografou mais de 300 danças, supervisionando todos os aspectos de sua apresentação no palco. Também coreografou danças para muitos filmes egípcios, e estrelou em três filmes dirigidos por seu falecido irmão musical Ali Reda, duas das quais são grandes produções vistas como marcos na história do cinema egípcio.

Junto com a trupe já percorreu mais de 60 países, aparecendo nos mais prestigiados teatros como o Royal Albert Hall, em Londres, no Olympia, em Paris, no Carnegie Hall, em Nova York e no Teatro Stanislavski de Moscou. Ele fez inúmeras apresentações e recebeu prêmios e honrarias em festivais folclóricos internacionais.

Mahmoud Reda foi condecorado pelo Presidente Nasser em 1967 com a Ordem das Artes e das Ciências de serviços prestados ao Estado. Em 1965, o rei Hussein da Jordânia, recebeu a Estrela da Jordânia e em 1973 também condecorado pelo Presidente Bourguiba da Tunísia.

Mahmoud Reda é um pioneiro. Antes da criação do Grupo Reda, dançarinos não tinha teatro profissional no Egito. Ele desenvolveu um método que deu estrutura e forma de dançar educação e para melhorar as competências e aumentar o nível artístico dos seus dançarinos. Este método tem influenciado gerações de professores egípcios tanto no Egito e no exterior.

Desde 1980, ele tem viajado bastante, dando palestras e oficinas em toda a Europa, Extremo Oriente, EUA e América do Sul. Mahmoud Reda realmente merece o título de padrinho da dança no Egito.

É considerado os reis das direções, Mahmoud Reda é "o bom velhinho" da Dança Oriental, o tiozinho do folclore, uma lenda do meio artístico árabe!
 
Resumidissimamente, foi ele quem compilou o que hoje chamamos de folclore árabe, tudo com um estilo meio balético e teatral, que foi o princípio do seu trabalho.
 
Tradução de Alexandra Noronha
FONTE:http://pasionoriental.blogspot.com/2007/10/mahmoud-reda.html